14/08/2009

O PLANO COLÔMBIA E AS MULTINACIONAIS

O Plano Colômbia foi criado em 2000, pelo governo estadunidense do então presidente George W.Bush. Oficialmente destina-se à combater o narcotráfico - produção e tráfico de cocaína, e desestruração das guerrilhas de esquerda - as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e a ELN (Exército de Libertação Nacional).

Com ajuda financeira e militar, os EUA tem livre acesso à região,

que é geopolíticamente estratégica na América do Sul:

Tanto por sua posição geográfica, faz fronteira com a Venezuela - maior produtor e exportador petrolífero da região, e ao mesmo tempo, maior opositor do governo norte-americano e consequentemente, do governo colômbiano, como por suas riquezas energéticas (petróleo, gás e carvão) e minerais, salvaguardando os interesses de suas corporações multinacionais.

Eleito sob o discurso de por fim as ações dos paramilitares, guerrilheiros e narcotraficantes, Álvaro Uribe - teve sua campanha explicitamente financiada e apoiada pelos EUA - e desde então, a situação na região tem se mostrado cada vez mais tensa.

A relação diplomatica entre Colômbia e seus vizinhos sul-americanos é um tanto indigesta, e tende a se acirrar cada vez mais, principalmente agora, depois do aceite dado por Uribe, à instalação de bases militares estadunidenses em solo colômbiano.

Em recente reunião de cúpula da UNASUL - União das Nações Sul-Americanas - leia-se: países membros da Comunidade Andina + países membros do Mercosul + Chile/Guiana/Suriname e Venezuela (que aguarda a votação autorizando seu ingresso no Mercosul), os líderes do Bloco Econômico, formalizado em 2008 com pretensões de integração dos países e mercados nos Moldes da União Européia, reuniram-se em Quito, para discussão das pautas, sendo que a mais polêmica era esta da militarização yanque na Colômbia, lógico que frente a esperada pressão, a única cadeira de líder vazia, foi a de Uribe.

Hugo Chavez não perdeu a oportunidade e polemizou ao afirmar que "Ventos de Guerra" sopram na região....

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O texto abaixo mostra que

Metade do dinheiro dos EUA no Plano Colômbia se destina aos cofres das suas próprias multinacionais

O Departamento de Estado dos Estados Unidos investirá, ao longo de 2009, aproximadamente 520 milhões de dólares no Plano Colômbia. Mais da metade desse dinheiro será para multinacionais norte-americanas encarregadas de desenvolver, promover e impulsionar a guerra irregular em território colombiano.

A denúncia foi comprovada pela advogada americana-venezuelana Eva Golinger. "Isso comprova a privatização total da guerra na Colômbia. Essas transnacionais não têm a obrigação de responder legalmente a nenhum sistema judicial do mundo. Gozam de total imunidade", assinalou a pesquisadora. Golinger explicou que em documentos governamentais desclassificados, foi encontrada uma lista de 31 multinacionais estadunidenses ligadas ao Departamento de Estado. Porém, apesar de serem empresas americanas contratadas pelo Pentágono, não estão sujeitas a nenhuma lei pública dos EUA. "Como parte do acordo binacional, na Colômbia têm imunidade total, quer dizer, não respondem a ninguém por seus crimes, ações e operações", enfatizou. Entre as principais empresas, que já têm um longo histórico bélico no mundo, etsão a Lockheed-Martin, uma das maiores do complexo industrial militar dos Estados Unidos. Outras multinacionais financiadas na Colômbia são a Dyn Corp International, a Arinc, a Oackley Network - que entrega softwares de monitoração de internet -, a ITT - transnacional de telecomunicações - e o Grupo Rendón, que trabalha com operações psicológicas na mídia.








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