20/05/2009

FREECYCLE

Free is good!
Uma rede de trocas, onde todos podem
"dar" e "receber" e o melhor, sem ter que gastar!!!

Londres

O ditado já diz. De graça, até injeção na testa. Ou quase. Mas, se o presente em questão se tratar de algum artigo oferecido no freecycle, pode acreditar que até uma bela injeção na testa vai ter seu destino.

O sistema é simples. Há quem queira se livrar de algo que já foi útil mas se tornou um elefante branco em plena sala de estar. Há quem esteja precisando desesperadamente de um elefante branco para combinar com a decoração de motivos safari na sala nova.

A oferta de ontem era tentadora: "Ofereço uma caixa cheia de minhocas. Não são lá minhocas campeãs, mas já serviram de bom adubo para minhas azaléias e garanto que reproduzem muito rápido. Só estou me livrando delas porque estou mudando para um apartamento sem jardim."

Presente de grego? Que nada! Não deu cinco minutos e as minhocas já tinham um novo lar.

Assim é o Freecycle. Uma rede internacional de troca de tudo que se possa imaginar. De minhocas a cestas de frutas estilo 'Dorothy em o Mágico de Oz', passando por simplórios sofás, cadeiras, mesas, aspiradores-de-pó, talheres, camas, lençóis, almofadas, secador de cabelo, raquete de tênis, sapatos, livros, revistas, DVDs, berços, roupas...

Os endereços dos que dão e dos que recebem variam, mas o centro nervoso da comunidade é o mesmo sempre: www.freecycle.org. Criado nos Estados Unidos em 2003, hoje já está em centenas de cidades em dezenas de países. Já conta com mais de seis milhões de membros que se dividem por quase cinco mil grupos.

Há semanas, quando se inscreveu, esta que vos escreve exibia orgulhosa o sofá (quase) novo da Laura Ashley barganhado com um produtor musical do East End londrino que precisava de espaço em casa para o novo modelo que havia comprado.

Se em tempos de credit crunch (a famigerada tal da crise), a ordem é reciclar, o freecycle é o case do ano. Em Londres o freecycle já é assunto de mesas de bar (ou seria de pub?), de cabeleireiro e fila de supermercado... "Não é só pelo fato de ser bacana e contribuir para o meio-ambiente. É mais barato doar as coisas no freecycle que chamar um carreto para levar para o lixo. A prefeitura não recolhe sofás, por exemplo. E está todo mundo querendo economizar. Até no carreto, que é uma fortuna até para quem ganha em libras", explicou o bem-feitor e ex-dono do meu Laura Ashley. (...)

"Lixo que nada. É reciclável. É hype reciclar! Tá na moda! Pena que não existe no Brasil", reclama.

Existe sim. A comunidade 'internética' já não é mais 'uma grande novidade', mas poucos ainda a conhecem de fato no Brasil. Até pouco tempo, somando Rio, Curitiba e São Paulo, pouco mais de 300 pessoas faziam parte do clube. Para aumentar o quórum da comunidade brasileira, e quem sabe conseguir ganhar, dar ou trocar mais que 'ótimas minhocas'.

É só acessar: www.freecycle.org.
Tem comunidade no YahooGroups.
No Rio já tá rolando... Bem no inicinho ainda, mas já tá rolando!

Tem um garoto - pré-vestibulando - solicitando livros pra estudar,

um cara já doou um dvd... e assim a coisa vai...


Texto de Flavia Guerra no Blog "Pra Inglês Ler",

um blog bem bacana,bem escrito por uma brasileira recém chegada à capital britânica, ainda em ritmo de adaptação e descobertas.
http://blog.estadao.com.br/blog/parainglesler/

Um comentário:

  1. adorei!
    não conhecia o site, mnas a idéia já rola por aqui faz tempo... por exemplo, quando uma amiga se mudou para São Paulo, me deu um sofá 3 lugares e uma poltrona do papai. quando comprei meus futons, dooei tudo + um colchão de casal para outras amigas... e assim vai indo! (sem fazer entulho, só no freecycle... - a natureza agradece! ;)

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