Os tempos são outros, mas o teor ainda é o mesmo: a violência. Eu 'e toda a torcida do Flamengo' ficamos chocados com as imagens exibidas pela televisão hoje. Pensei que o tempo dos castigos da escravidão (como o da imagem acima, de Debret) tinha passado. Estava enganada.
As chicotadas que os seguranças da SuperVia deram nos cidadãos embarcados e amontoados nos poucos trens que estavam em funcionamento mostram que sofremos ainda com os mesmos erros do passado. Esse comportamento adotado pela companhia é um retrocesso social. É a prova que o Estado falha, mais uma vez.
O contribuinte acorda de manhã e enfrenta um tumulto para poder ir trabalhar. Greve dos ferroviários e pronto: quem depende dos trens vai sofrer. Centenas de se aglomeram nas estações e lotam os vagões. Trata-se de pessoas que pagaram por aquele serviço, concedido à empresa pelo governo. Ninguém está fazendo nada de errado para ser castigado.
Mais do que os socos e pontapés, os chicotes usados para bater os passageiros são a instituição da barbárie no sistema de transportes. Mais de um agressor possuía o instrumento em mãos. Como (e por quê)? Faz parte do uniforme? Gostaria que o diretor de lá me respondesse. Será que eles tinham carta branca para agir daquela forma?
Confusão sempre vai ter quando houver problemas, greve etc. mas não há justificativa para que pessoas sejam tratadas de tal forma por uma empresa prestadora de um serviço básico como o de transporte. Logo penso na minha teoria de poder e volto a me questionar sobre o porquê de as pessoas tomarem para si certos (podres) poderes.
Por que o porteiro sempre pensa que é dono do prédio?
Por Vavá Jones
http://vavalindajones.blogspot.com/
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