Curta Metragem de Michael Abt para ALAS
Uma história real de um menino uruguaio que sonha em recorrer o mundo
através da música e seus ritmos ancestrais.
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CANDOMBE é um ritmo musical afro-uruguaio.
O candombe teria surgido no Uruguai, ainda no século XVIII, a partir da mistura dos ritmos africanos trazidos ao Rio da Prata pelos escravos com sonoridades da música ibérica. A partir de 1750, com o início do tráfico de escravos para o Uruguai, então colônia espanhola, Montevidéu passou a receber levas contínuas de africanos de diversas regiões, sobretudo da África Oriental e Equatorial. Tal afluxo de escravos fez com que, no início do século XIX, a população negra de Montevidéu excedesse os 50% (cinqüenta por cento).
O termo candombe, a princípio, referia-se genericamente às danças praticadas pelos negros no Uruguai. Com o tempo, passou a designar o ritmo musical, calcado sobretudo nos tambores - chamados de tangó ou tambó, nome também usado para designar o lugar onde realizavam suas candomberas e a própria dança. Essas manifestações culturais à céu aberto chegaram a ser reprimidas pelas autoridades no século XIX, e por muito tempo foram realizadas apenas em ambientes fechados, em clubes secretos organizados pelos africanos e afrodescendentes.
Em geral, o candombe é executado por três tipos distintos de tambores - tambor piano, tambor chico e tambor repique -, que são denominados, em conjunto, como comparsa. No Carnaval uruguaio, formam-se agrupamentos musicais chamados de cuerdas, que saem às ruas acompanhados por multidões de dançarinos e populares. O cortejo é conduzido pelo Escobero, em geral um jovem que tem a função de arauto; o mestre dos tambores é conhecido como gramillero, sempre acompanhado de sua mama vieja - uma mulher vestida de trajes coloridos e com um leque à mão.
Na capital uruguaia Montevidéu, os bairros de Cuareim e Ansina são conhecidos como berços do candombe.
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