Filmado em espanhol, e não em inglês, é apresentado em duas partes. A primeira percorre minuciosamente o processo que começa em 1956 com a viagem de Fidel Castro e 80 rebeldes a Cuba e culmina com a entrada dos "barbudos" em Santa Clara em 1959, e com o triunfo da Revolução que derrubou o ditador Fulgencio Batista.
Permeia a história, sempre de maneira pedagógica, com seqüências em preto e branco para simular imagens de arquivo, que na realidade foram reconstituídas para o filme. Uma entrevista de Che a uma jornalista americana é usada como fio condutor desse relato, que passa por diversos momentos importantes do processo revolucionário e do protagonista, especialmente a intervenção do ministro Guevara diante da Assembléia Geral das Nações Unidas em 1964.
O discurso é o original e as imagens parecem ser tão reais e com cara de documentário/acervo, que chegam a confundir, mas são sempre de Del Toro, que com maestria interpretou o comandante.
A história se desenrola em um mosaico da guerra de guerrilha, acompanhada quase no dia-a-dia . Tem um humor aguçado e inteligente, e emana os nobres valores dos revolucionários comunistas, como a necessidade de alfabetização dos guerrilheiros, o respeito aos campesinos - às suas plantações e às suas mulheres.
Ficou sim o gostinho de quero mais, e virá em breve....
A segunda parte de "Che" começa com Fidel Castro lendo a carta de despedida do argentino antes de abandonar Cuba em 1965 com a intenção de estender a revolução pelo mundo, primeiro no Congo e depois na Bolívia.
Do movimento revolucionário de Cuba não ficam rastros nas montanhas da Bolívia. Muito doente, com asma, Che Guevara não é nem sombra do que um dia foi. Pouco a pouco vão caindo seus fiéis seguidores até que a caça ao homem termina com sua prisão seguida de execução sumária em 1967, na selva boliviana.
Me emocionei novamente ao ver o trailer!
ResponderExcluirO filme é lindo mesmo, mescla força e poesia,
nos reforçando ideologicamente.
Que venga a segunda parte, aguardamos anciosos.
Lu Delacroix