28/10/2010

"GRACIAS NÉSTOR"


"Gracias Néstor. Pusiste una Argentina de pie, sos un verdadero patriota. 
Te vamos a extrañar mucho"

(um dos muitos cartazes levados por milhares de pessoas que desde ontem se aglomeram em torno da Casa Rosada, levando flores e lágrimas ao ex-presidente Kirchner). 

Governo de Néstor Kirchner (2003/07) tirou a Argentina do cemitério econômico onde fora enterrada pelo neoliberalismo de Menem e De la Rúa. A exemplo dos tucanos no Brasil, Menem privatizou amplamente o patrimonio publico argentino e terceirizou a própria moeda numa dolarização desastrosa. Ao deixar a Casa Rosada, em 1999, incluía em seu passivo uma taxa de desemprego de 20%, a classe média empobrecida, dívida externa explosiva e o parque fabril esfarelado pela farsa do 'peso forte', que tornou impossível competir com as importações. 

Empossado em 2003, Kirchner não hesitou: decretou a moratória da dívida externa, impondo aos credores uma renegociação com desconto de 75% -- a maior da história mundial. Vitorioso nesse braço de ferro, recompôs o poder aquisitivo da população e devolveu a auto-estima aos argentinos reduzindo a pobreza drasticamente e levando torturadores ao banco dos réus. 

Hoje, a Argentina desfruta novamente de crédito internacional e a economia projeta um crescimento de 9% em 2010. Sucedido pela esposa, Cristina Kirchner, Néstor era tido como favorito para as eleições presidenciais de 2011. Sua morte deixa à viúva e valente Cristina a incontornável missão de buscar um novo mandato para impedir a volta da direita ao poder.

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